domingo, 30 de abril de 2017

Crônica-poesia

Poesia

A poesia é presente em diversas modalidades, verso, prosa, trova, poema, rimada e não rimada. E na poesia cabe um mundo, a essência do cotidiano e tudo que a mente e os sentimentos lhe permitir. Nela há infinitas palavras até com vários significados. Eu vou focar aqui no amor e desejo. O que é o amor?- eis a questão corriqueira.Talvez para o você o amor tem um significado e para outra pessoa outro sentido. Como Pedro, na bíblia ele diz: ''acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados''.
Eu que pensei saber tudo sobre o amor pra mim o amor é um misto de coisas raras, o tempo para ouvir o outro, o tempo para buscar compreender o outro, o tempo para conhecer o outro, coisa que não se é feito. Basicamente amor é tempo, mas não em minutos e segundos do relógio, sim a disposição de fazer parte da vida do outro, mesmo que por algumas horas. Na verdade o amor tem enes significados. Mas o fato é que o amor nos move. E só existe amor de verdade quando estamos dispostos a amar.
O desejo, digamos é prima irmã do amor. Tem o desejo carnal, o desejo material e o desejo espiritual. Um exemplo é uma menina por de trás da porta, no caso eu… 'EU TE ESPEREI À PORTA APRISIONADA AO MEU DESEJO.'' Nesse caso o desejo aqui é um sonho. Talvez ela espere sua mãe voltar. Ouvir seus passos subindo a escada. Mas quem não costuma ler ou nem procura entender o trabalho do poeta vai ver nesse verso o DESEJO CARNAL. Como, uma criança nem sabe o que é amar imagina desejar a carne humana? Eu me transportei a meninice através da poesia. A poesia é para o poeta o seu universo.

Clarisse Da Costa é cronista e artesã em Biguaçu SC
contato: clarissedacosta81@gmail.com

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Índio

Homenagem ao índio

Ser índio é ser forte!
E não ter medo da morte,
Em qualquer situação.
Mesmo sendo excluído,
Nunca se da por vencido
Pois ele tem tradição.
***
Ele já nasceu guerreiro de janeiro,
A janeiro ele mostra o seu valor.
Mesmo sendo excluído,
Nuca se da por vencido...
Pois tem garra e destemor,
Por ser ele um vencedor.
***
Pois sua luta é constante,
Por isso está sempre avante.
Pra poder sobreviver,
É o maior dos brasileiros e de janeiro,
A janeiro luta pra não perecer.
Vivaldo Terres é poeta em Itajaí
Contato: vivaldo.itj@gmail.com

Selene

Selene
                                                                                               Para negra Valquíria
És para mim um mistério!
Um sonhar acordado...
Um perpétuo vagar...
Entre o real
E o abstrato!
Um trespassar...
Entre a materialidade estéril!
E o devaneio absoluto!
Um eviterno dormir.
Para um nunca mais acordar.
***
És para mim
Um peregrinar no imaginário!
Um vagar
Entre terras ignotas...
***
És para mim...
Um negro universo infindo!
Samuel da Costa é poeta em Itajaí

terça-feira, 25 de abril de 2017

Quase existência (a minha arte final)

Quase existência (a minha arte final)
Para Fáh Butler Rodríguez

A realidade liquefeita...
Trouxe para junto de mim
Quem não me queria
Ter por perto...
***
A realidade relativa
E pós-moderna
Afastou completamente de mim...
Quem eu mais queria
Ver a meu lado.
***
Agora tenho nevoentas
E vagas lembranças...
Daquilo que nunca vi
Daquilo que nunca vivi.
***
Ficou então somente
As marcas de um tempo surreal...
Que o relógio nano-tecnológico
Deixou de marcar a tempos atrás!
Restando como testemunhas oculares
As cinzas das horas
Em Eras remotas
***
Uma Era perdida
No descontínuo tempo
E no espaço abstrato
***
Quem sabe...
O mundo sintético na pós-contemporâneo...
Não comporte mais...
A minha quasimodesca...
E frágil existência vazia e despropositada.
***
Restando-me então somente...
Ver as areias do destino...
Desintegrou aquilo que um dia
Eu pensei ser
Uma relação perfeita.
Quando eu mentia para mim mesmo
Samuel da Costa é poeta em Itajaí

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Te Esperei

Te Esperei

Eu te esperei à porta
Aprisionada ao meu desejo.
Não ouvi seus passos
Nem sua voz
A me chamar;
Fiquei
Com o teu silêncio
E o relógio a anunciar
O tempo que
Fiquei te esperando.


Clarisse da Costa é poetisa e artesã em Biguaçu _ SC

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Eu vejo estrelas no chão

Eu vejo estrelas no chão

Um brilho raro
Efêmero
Sintético
Abstrato
Em meio à escuridão
Da luz do dia
E mais nada
Para além disso
***
Eu vejo estrelas no chão
Cadentes
Decadentes
Em paraísos artificiais
***
Breves êxtase
E mais nada
Para além disso
***
Eu vejo estrelas no chão
Depois do brilho raro
Vem à depressão
Vem à dor
E o desespero
De estar vivo
***
Eu vejo estrelas no chão
São brilhos cósmicos
Em olhos injetados
Perdidos
Estáticos
Em paraísos artificiais
***
Eu vejo estrelas no chão
Mentes difusas
Atormentadas
Corpos celestes decadentes
Sem passado
E sem futuro
Samuel da Costa é poeta em Itajaí

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Halfeti

Halfeti
                                                                                                Para a negra Valquíria

São noites místicas!
Ignotas
Encantadas...
De um outono sem fim
Que em tediosas horas
Perco-me
Na névoa mítica...
***
Tomo o cálice encantado...
Das delicadas mãos de Afrodite...
Saúdo Baco
Dionísio
Bebo o sacrossanto vinho!
Embriago-me
Por fim...
***
Percebo
Que a musa sagrada...
Não veio...
Que ela nunca virá!
***
Ouço o cântico sagrado...
Da Fênix em chamas
Ao longe ele me chama...
Clama por mim
***
Percebo que não estou a dormir...
Que o sonho não vem!
E o sono não chega!
Que a perdi para sempre.
Samuel da Costa é poeta em Itajaí

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Os Atos, Fatos e Desatos

Os Atos, Fatos e Desatos


São os fatos...
Os atos que moldam a história. Entre o Brasil e África a história se molda pelo jogo político mesmo antes do termo existir.
Os retratos...
O retrato antigamente era o país da fome ao quais os poderosos se aproveitaram disso. Feitos índios aceitavam objetos, mas estes eram somente em troca de votos, os índios era em troca do trabalho. Hoje o retrato é outro, o país vive uma nova situação. O povo não sabe voltar. Ou vota pelo candidato, ou pelo partido.
Os tratos...
Os tratos são feitos e desfeitos quando bem acharem melhor. Os políticos atam e desatam sem pensarem na população brasileira. As leis mais parecem contra os trabalhadores do que para os desonestos.
Os pratos...
Os pratos são seletivos e a grana cada vez mais curta. A taxa de imposto aumenta a cada dia e o salário dos políticos aumenta conforme a sua necessidade. Se é que passam por dificuldades! Enquanto isso a carteira da população brasileira vai ficando vazia. Já é uma normalidade não encontrar moedas no mercado. O povo anda economizando com trocos?
João todos os dias colocava três moedas de um real numa lata. Resultado: João acumulou trinta mil reais e pagou a faculdade do filho.
Os desatos...
Desatam o oculto da politicagem e coisas são reveladas. E fica-nos a questão: Teremos o fim da corrupção?
O quarto
O quadro
O pranto
O canto
O quanto.
É a ciranda da vida. No quarto a menina morre por bala perdida. No quadro um sorriso angelical a brincar. O que fica é a dor. O pranto da mãe a chorar. Seu canto é o choro de todas as mães que perderam seus filhos. O quanto e por quanto tempo isso vai perdurar?
São teus atos
Desamarros
Contratos
Um Brasil atado entre políticos e seus jogos de poderes.
Clarisse da Costa é poetisa e artesão em Biguaçu _ SC

Vênus negra e o luar em sangue

Vênus negra e o luar em sangue
                                                                                           Para Vanessa Martins DA Maia
Rezo ao amanhecer
De um novo dia
Que a noite chegue logo
E que tu venhas para mim
***
Rogo para todos
Os deuses e deusas
Do universo infinito
Para que nunca me deixes sozinha
Nesta vida
Nem na outra
***
Oro nas noites do negro luar
Da lua em sangue
Que o desejo cósmico infindável
Desperte-te
Do sono eviterno
Incendeie-te por inteiro
Que venhas rápido
Voraz e sedento
Ao encontro meu
Na nossa alcova etérea
E me abraces bem forte
Que me possuas
Completamente
Samuel da Costa é poeta em Itajaí

terça-feira, 11 de abril de 2017

Ode outonal

Ode outonal
                                                                                    Para negra Valquíria

Minha sagrada devoção por ti
É assim...
Criou asas e voou...
Ascendeu ao céu
Esvaeceu para além do infinito!
***
Meu ardor por ti é assim...
Voa nas asas do meu estro...
Preenche páginas em branco.
E vai morrer na última página...
De um opúsculo ainda não publicado
***
Meu sagrado pranto
Por ti é assim!
Nasceu e morreu em um prólogo!
Para depois reviver em um epílogo!
De um livro inédito.
***
Minha platônica devoção por ti é assim:
Explode em primaveras infindas!
Em uma charneca em flor!
Em dias felizes de sol!
Sem nuvens...
Inebria-se nas noites gélidas!
Ao som da toada de Pã...
***
Meu impossível amor por ti...
É assim...
Ganhas as ruas
Vira as esquinas...
Vai se perder
Não se sabe bem onde.
Perdesse de vista por fim
***
Meu amor por ti é assim
Explode dentro de mim.
Em mil palavras...
E às vezes sai mundo afora...
Escore pelas minhas mãos
Em negras linhas
Para conspurcar minhas folhas em brancas.
***
Minha flama por ti é assim
Casualmente ganha vida
E se perde no labirinto do mundo virtual!
***
Meu amor por ti ficou assim
Se se perdeu em éclogas
Do Rapsodo...
Em uns idílios
E em cânticos sagrados
Do Aedo...
***
Minha sagrada veneração por ti ficou assim
Preso no passado clássico
Em tempos longínquos...
Em meio a Áres e a Nerfetiti
Entre sonhos e ilusões
Perdidos em um tempo esquecido
***
Meus sentimentos por ti é bem assim...
Saiu de casa...
Ganhou as ruas!
Virou as esquinas
E foi se perder no infinito
Em meio a balburdia
***
O meu amor por ti
Criou asas
Ganhou o céu
E foi se perder entre os astros.
Samuel da Costa é poeta em Itajaí

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Em chamas

Em chamas
                                                                                                  Para Pricilla Martins

Eu não sagro Ares
Nem Hades
***
Evito ao máximo
A fúria assassina
Da malta ensandecida
Que pela perdida rua passa
Atrás da próxima vítima indefesa
***
Eu prefiro acreditar
Que a minha felicidade
Está parada
Bem ali na esquina
Esperando-me
Com um belo sorriso nos lábios
***
Eu não sagro Adônis
Nem Eros
Que a perfeição
Dos seres imortais
Fique bem longe de mim
***
Eu prefiro apreciar
O doce eflúvio
Que das damas da noite
Exalam
***
Ficar acordada
Até mais tarde
E apreciar a infinda sinfonia
Dos astros
Na noite de luar em sangue
***
Apreciar
O cantar de ébrio
Que passa trôpego
Pela deserta rua
***
Eu prefiro
Aceitar o convite
Que a vida me fez
E abraçada junto a ela
Valsar e valsar
Pela noite eviterna
Samuel da Costa é poeta em Itajaí

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Um hialino desejo

Um hialino desejo
                                                                                                              Para Fáh Butler Rodríguez
 
Talvez não seja um sonho.
Enfim...
E ela esteja lá...
Na alcova minha
À meia luz!
Esperando por mim...
Enquanto na vitrola...
Toca o mais puro lamento negro,
A mais cristalina negra dor.
***
Talvez ela esteja...
Esperando-me!
Com o seu corpo incorpóreo infindo.
Pronta para me amar!
Sua boca vermelha,
Pronta para me beijar.
Suas airosas mãos prontas,
Para trespassar-me por fim.
***
Talvez não seja um ignoto sonho.
Um sibilino desejo nefelibata!
***
Talvez ela esteja lá por fim...
Toda coberta pelo negro luar!
Envolta na mística bruma.
Junto com as negras rosas halfeti
Fazendo lhe...
Uma triste e solitária companhia,
Enquanto me espera chegar!
***
Sim...
Talvez seja.
Mais que um sonho decadentista...
E ela esteja lá...
Na alcova minha,
Toda orvalhada pelo negro luar.
***
Esperando-me!
Pronta para me amar.
Samuel da Costa é poeta em Itajaí

Allan Salles Ribeiro da Ailva. Tema Simples. Tecnologia do Blogger.